quarta-feira, 13 de abril de 2011

Muitas novidades.

Já tinha até me esquecido de como era bom ter uma horinha, minutos que fossem, para escrever aqui. Acho que da última vez que escrevi eu ainda estava solteira, dando aulas, cuidando de dois filhos e firme na decisão de continuar aqui nos EUA. Hoje, continuo solteira, sem dar aulas, mas terminando minha tese de mestrado, cuidando de dois filhos com o terceiro no forno e louca para voltar ao Brasil! Olhando assim, deu pra sentir que minha vida mudou bastante. Aliás, como tem sido nos últimos anos.

Sim, depois de dois, quase três anos longe do meu amado país, eu retorno trazendo mais uma "bagagem". Grávida de 5 meses de um meninão, eu ñ vejo a hora de poder organizar o quarto dele, as coisinhas que ele já ganhou por aqui e organizar a minha vida. Pergunta que ñ quer calar: quem é o pai? Quando meu filho me perguntar, vou ter que dizer o famoso: "pai desconhecido!" rs. Brincadeiras a parte, mais uma relação frustrada na minha vida que me deixou a maior riqueza desse mundo.

Eu realmente achei que estava vivendo meu momento pleno. Finalmente estava vivendo com o homem que sempre amei (embora eu tivesse escondido isso de mim mesma), que eu busquei durante alguns anos; a adaptação com meus filhos foi maravilhosa e nossa rotina estava redondinha. Mas a convivência nos mostrou que nós ñ tínhamos mais 15, 16 anos de idade, já ñ era um sentimento proibido, mudamos muito da adolescência pra cá e temos planos, metas diferentes. E nenhum dos dois estava disposto a ceder. Então, a melhor decisão foi cada um viver seu caminho, lógico.

Mas eu jamais poderia imaginar que pudesse estar grávida!! Ñ acreditei no que o exame me confirmava. Depois de fazer três testes de farmácia e fazer dois BetaHCG, ñ restou dúvidas. E aí mais uma gravidez ñ planejada na minha vida, só que dessa vez em outras circunstâncias. Eu ñ estou casada nem vivendo com o pai da criança, longe do Brasil, tendo que passar todo o pré-natal sem o meu médico de anos. Quase surtei quando li a palavrinha "POSITIVO". Meu corpo ficou gelado, quase desmaiei. O coração quase ñ aguenta essa novidade. E tão assustada quanto eu ficou o pai, quando, depois de um mês sem nos falarmos, liguei para informá-lo da boa nova. Percebi o espanto na sua voz, mas a falta de atitude me incomodou e prefiro ñ insistir.

A família inteira está feliz. Minha irmã está muito contente, meus sobrinhos idem. Meu cunhadinho querido me encarna sempre que fala comigo. E essa criança parece que vem para animar a vida da minha mãe, que já está preparando tudo para a nossa chegada, que eu nem sei quando será. Todo dia ela liga pra saber como tá a barriga, se já escolhi o nome (outro grande dilema), o que já comprou, enfim, tá super feliz. E eu fico muito emocionada quando vejo a alegria das pessoas com a chegada do meu filho, mas a noite, na hora de dormir, só eu sei a preocupação que passa pela minha cabeça. O medo de ñ conseguir liberação para voltar ao Brasil (defendo minha tese em maio, mas meu filhos precisam terminar o ano escolar, o que só acontece no meio de junho, quando estarei com 7 meses e pouco) e o medo do parto.

Quem é mãe como eu, sabe das preocupações que passam pela nossa cabeça. De certa forma, já me acostumei em criar filhos sozinha. Maria e João tiveram um ótimo pai, mas ñ por muito tempo. Mas pelo menos tiveram uma referência de presença masculina na vida deles. Esse será meu por inteiro, por completo. Esse dependerá de mim pra tudo, ñ terá pai que me ajude ou me atrapalhe. Amor ñ vai faltar, claro. Se depender de mim e dos irmãos, ele já nasce com a certeza de que é muito amado.

Por falar nos irmãos, esses estão radiantes. Abraçam minha barriga, fazem questão de dormir comigo e depois de lerem que os bebês podem reconhecer a nossa voz, ñ param de conversar com a barriga. E os dois estão mais felizes quando souberam que ganharão um irmão. A Maria sonhava, desejava um menino porque ñ queria perder o posto de única menina (mal sabe ela que ela será sempre minha filhota querida e primogênita, afinal nasceu minutos antes do irmão). E o João, além de sempre querer um irmão, mais do que nunca se sente o homem da casa. Fica me vigiando o tempo todo e pede pra ir nas consultas do médico.

Com isso tudo, só posso ser grata a Deus por mais essa riqueza na minha vida. Apesar do grande susto, quero meu filho chegando com muita saúde e prosperidade, me trazendo alegria e, com certeza, vem pra me ensinar mais algumas coisas. E vou continuar me cuidando muito pra dar conta dessas três maravilhas, trabalhar bastante porque dinheiro ñ cai do céu e agora são três pra sustentar! rs.

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