domingo, 27 de setembro de 2009

O que era doce, se acabou!

Estava lendo hoje, no domingo, uma matéria interessante sobre o crescimento absurdo de mães solteiras pelo mundo. De fato, o número só cresce! Em países como o Brasil, em que a educação do ensino médio está mais voltado para o vestibular do que para a discussão de assuntos como esses, acho que a situação é ainda pior. Mas o que realmente me chamou a atenção é a universalidade do assunto. No fim, o jornalista diz que a sociedade, em geral, ainda é muito machista pois se um pai abandona seu filho ainda na barriga, é normal, um fato corriqueiro. Mas e quando uma mãe abandona seu filho? Só lhe sobram pedras!

Eu nunca passei por isso. Tive meus filhos num contexto que considera-se "aceitável" ou "normal". Casada. Mas hoje ñ estou casada e sigo criando meus filhos sozinha. Ok, ñ foi uma escolha minha ou um caso de abandono, mas o fato é que os crio só. E me identifico com o caso de inúmeras mulheres, que assim como eu, tentam seguir essa rotina um pouco árdua. Poderia ser um pouco melhor, porque homens (e quando me refiro a homens, ñ penso só em namorado, mas em avôs ou tios) ñ faltaram para suprir essa lacuna do pai. E seria melhor, se ñ fosse o fato de eu ñ aceitar isso.

Eu ñ sei, às vezes me culpo ou acho que sou egoísta ou muito dura por isso. Mas nada me tira da cabeça que pai é insubstituível! Meus filhos o perderam muito novos, reconheço que ainda tem muita coisa pela frente em que a figura paterna será necessária, mas simplesmente prefiro deixar o posto vago eternamente do que, de alguma forma, tentar preencher. E vejo que, mesmo nunca tendo falado isso aos meus filhos, eles vão pelo mesmo caminho (por que querem ou por que percebem isso nas minhas atitudes?!).

Pode ser que essa minha resistência quanto a me casar novamente e, consequentemente, colocar um novo homem na minha casa tenha contado para os meus filhos nunca terem aceitado realmente o Dylan (sim, nosso namoro acabou). Claro, no início do namoro foi bastante complicado. Não trocavam mais de uma palavra com ele. Era sempre "Boa noite Dylan" ou "Até logo Dylan". Com o tempo e as circunstâncias, as coisas foram mudando. Sei que o Dylan ñ tinha muito jeito com crianças, mas ele tentava. Jamais se chateou ou se deixou abater pelo distanciamento dos meus filhos. E ao passar dos dias, ele conquistou o respeito das crianças. Conversavam e saíam respeitosamente. Mas como mãe (ninguém melhor do que mãe p/ conhecer seus filhos) percebia que havia um muro, uma espécie de linha da qual jamais foi ultrapassada.

Fiquei, claro, um pouco triste pelo fim do relacionamento. Foi alguém que se ficou comigo foi porque realmente me amava, do contrário ñ aguentaria o que aguentou. Nos conhecemos pouco tempo depois da morte do Carlos. As crianças ainda enfrentavam essa perda, então a aproximação foi bem lenta. Logo após, em março, perdi meu pai e mais uma vez nos vimos perdidos e juntos, me ajudando com mais uma perda. Mas em nenhum momento prometi coisas das quais sabia que ñ poderia cumprir. Ñ nego, gostaria muito de corresponder, na mesma altura, os sentimentos dele. Dylan foi mais do que precisei naqueles momentos, além de um grande amigo. Aliás, quero ser exatamente isso. Que sejamos grandes amigos.

Minha mãe e minha irmã ficaram extremamente chateadas com o fim do relacionamento. Para elas, o Dylan seria o marido perfeito. Mas a questão é realmente essa: casar de novo. Ainda ñ é o momento. Minhas amigas me perguntam: "Afinal, quando é que será a hora?". Sempre digo que ñ sei. Mas de fato, ñ sei. Se tiver que casar de novo vou casar, mas ñ porque as pessoas me dizem que preciso ou porque é a hora, mas porque eu irei querer, porque saberei que valerá a pena! Até lá, vou curtindo essa doce solteirice!

O que era doce, se acabou!

Estava lendo hoje, no domingo, uma matéria interessante sobre o crescimento absurdo de mães solteiras pelo mundo. De fato, o número só cresce! Em países como o Brasil, em que a educação do ensino médio está mais voltado para o vestibular do que para a discussão de assuntos como esses, acho que a situação é ainda pior. Mas o que realmente me chamou a atenção é a universalidade do assunto. No fim, o jornalista diz que a sociedade, em geral, ainda é muito machista pois se um pai abandona seu filho ainda na barriga, é normal, um fato corriqueiro. Mas e quando uma mãe abandona seu filho? Só lhe sobram pedras!

Eu nunca passei por isso. Tive meus filhos num contexto que considera-se "aceitável" ou "normal". Casada. Mas hoje ñ estou casada e sigo criando meus filhos sozinha. Ok, ñ foi uma escolha minha ou um caso de abandono, mas o fato é que os crio só. E me identifico com o caso de inúmeras mulheres, que assim como eu, tentam seguir essa rotina um pouco árdua. Poderia ser um pouco melhor, porque homens (e quando me refiro a homens, ñ penso só em namorado, mas em avôs ou tios) ñ faltaram para suprir essa lacuna do pai. E seria melhor, se ñ fosse o fato de eu ñ aceitar isso.

Eu ñ sei, às vezes me culpo ou acho que sou egoísta ou muito dura por isso. Mas nada me tira da cabeça que pai é insubstituível! Meus filhos o perderam muito novos, reconheço que ainda tem muita coisa pela frente em que a figura paterna será necessária, mas simplesmente prefiro deixar o posto vago eternamente do que, de alguma forma, tentar preencher. E vejo que, mesmo nunca tendo falado isso aos meus filhos, eles vão pelo mesmo caminho (por que querem ou por que percebem isso nas minhas atitudes?!).

Pode ser que essa minha resistência quanto a me casar novamente e, consequentemente, colocar um novo homem na minha casa tenha contado para os meus filhos nunca terem aceitado realmente o Dylan (sim, nosso namoro acabou). Claro, no início do namoro foi bastante complicado. Não trocavam mais de uma palavra com ele. Era sempre "Boa noite Dylan" ou "Até logo Dylan". Com o tempo e as circunstâncias, as coisas foram mudando. Sei que o Dylan ñ tinha muito jeito com crianças, mas ele tentava. Jamais se chateou ou se deixou abater pelo distanciamento dos meus filhos. E ao passar dos dias, ele conquistou o respeito das crianças. Conversavam e saíam respeitosamente. Mas como mãe (ninguém melhor do que mãe p/ conhecer seus filhos) percebia que havia um muro, uma espécie de linha da qual jamais foi ultrapassada.

Fiquei, claro, um pouco triste pelo fim do relacionamento. Foi alguém que se ficou comigo foi porque realmente me amava, do contrário ñ aguentaria o que aguentou. Nos conhecemos pouco tempo depois da morte do Carlos. As crianças ainda enfrentavam essa perda, então a aproximação foi bem lenta. Logo após, em março, perdi meu pai e mais uma vez nos vimos perdidos e juntos, me ajudando com mais uma perda. Mas em nenhum momento prometi coisas das quais sabia que ñ poderia cumprir. Ñ nego, gostaria muito de corresponder, na mesma altura, os sentimentos dele. Dylan foi mais do que precisei naqueles momentos, além de um grande amigo. Aliás, quero ser exatamente isso. Que sejamos grandes amigos.

Minha mãe e minha irmã ficaram extremamente chateadas com o fim do relacionamento. Para elas, o Dylan seria o marido perfeito. Mas a questão é realmente essa: casar de novo. Ainda ñ é o momento. Minhas amigas me perguntam: "Afinal, quando é que será a hora?". Sempre digo que ñ sei. Mas de fato, ñ sei. Se tiver que casar de novo vou casar, mas ñ porque as pessoas me dizem que preciso ou porque é a hora, mas porque eu irei querer, porque saberei que valerá a pena! Até lá, vou curtindo essa doce solteirice!