domingo, 14 de agosto de 2011

Chegada do José Carlos

Apaixonada. É assim que estou, completamente apaixonada pelo meu filho José Carlos. Nasceu forte, saudável, berrando, esbanjando saúde, graças à Deus. Aliás, tenho muito que agradecer à Deus pelas últimas maravilhas na minha vida.
Finalmente, eu voltei pro meu país. Quando pisei de volta, com a maioria das coisas, só conseguia ouvir aquela música "Sabiá" do Chico Buarque. Tudo o que vivi fora daqui, os bons e maus momentos serviram como uma grande experiência, mas acima de tudo, pra valorizar cada pedaço de chão desse maravilhoso Brasil! Lá, nossa rua era tão tranquila, tipicamente americana. Pode ser loucura, mas tava faltando a agitação de Sampa nos meus ouvidos.
Meus filhos estão duplamente felizes. Por estar de volta ao Brasil e pelo irmão. Mas ainda estão um pouco turistas. Querem ir pro Ibirapuera pra "saber se ainda tá como antes", querem ir pra paulista, pro parque do Carmo, enfim, é tanto lugar pra ir que ñ conseguem esconder a euforia. Mas isso tudo passa quando o irmão acorda. João corre pra cuidar. Se pudesse amamentar, faria isso por mim. Carrega com todo cuidado, ajuda a escolher as roupas, até canta p/ dormir. Um grande irmão.
Maria também está toda prosa com o irmão. É muito protetora e vive me chamando atenção se faço alguma coisa que ñ estava nos "livros que ela leu".
E o José Carlos é o meu mais novo presente. Está sendo uma novidade depois de 8 anos sem bebês em casa. Mas estou tirando de letra, nunca soube o que era cuidar de um bebê só. Agora tenho tempo de curtir cada detalhe, cada segundo do meu caçulinha. E ele é um amor! Dorme e come nos horários certinho. Ñ estranha ninguém e é muito dengoso, carinhoso. Tem um olhar...Isso ele puxou do pai. Aliás, ainda ñ dá pra saber a quem puxou. Horas depois de nascido, olhei pra ele e vi que tava a cara do pai. Pensei: "Pelo menos o pai era bonito! rs". Agora, tá uma mistura boa. Um momento que redescubro o prazer de gerar uma vida nova.
Eu sou muito abençoada pelos três filhos maravilhosos que tenho. Companheiros, carinhosos, um pouco carentes, confesso, mas muito maduros. Ficaria aqui o resto da noite me deliciando, falando dos meus filhos, mas um deles está clamando por mais leite! rs

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nomes, nomes e mais nomes.

Gente, tinha me esquecido de como é difícil escolher o nome de filho! rs. Tô num dilema enorme pra escolher o nome do bebê!
João e Maria dão (e trocam) de palpites a cada semana. Eu quero escolher junto com eles, mas com calma, sem euforia e agitação. Ainda tenho alguns meses pela frente, mas os parentes já estão cobrando pelo nome. Querem mandar fazer toalha, lençol, e mais um monte de coisas com nome dele. Quanto mais me cobram, mais indecisa eu fico.
Mas apesar dessa pressão toda, o processo de escolha do nome é gostoso. Engraçado que com os gêmeos foi bem mais tranquilo. O nome Maria Fernanda já veio pronto, ñ tive como dar pitaco porque quem escolheu foi o pai, como combinamos, mas achei lindo. O pai teve bom gosto. E eu sempre quis que meu filho fosse João. O Vitor veio em última hora, pelas complicações do parto, a sobrevivência e acabou ficando muito bonito esse meu casal: João Vitor e Maria Fernanda!
Agora esse garotão veio para ser a cereja do bolo, o grand finale! E como sempre estive muito satisfeita com os meus dois, ñ imaginava ter um outro filho tão cedo, ñ tenho qualquer ideia de qual vai ser o nome desse menino. Toda noite, antes de dormir, os dois irmãos vem pro meu quarto, conversar com o irmão e aí começa a chuva de ideias! rs. O João sempre o chama de João alguma coisa. É "boa noite João Pedro, João Carlos, João Antônio, João Ricardo, João Vinícius..." e por aí vai...Ele está com uma fixação de que o irmão tem que ter o mesmo nome que ele. A Maria ñ quer de jeito nenhum. Ela sempre vem com nomes mais simples do tipo Daniel, Henrique, Rafael, Bruno...Eu gosto de alguns, mas ainda ñ decidi.
O que eu acho mais bonito nisso tudo é que nessa gravidez, sozinha e longe do meu povo, eu conto com os meus filhos e fico muito emocionada com as atitudes deles. Eu achei que ia ser mais barra pesada tendo que enfrentar tudo sozinha, mas eles são tão companheiros e nessa história acabei me tornando mais dependente deles. Eles dormem comigo, estão cada vez mais próximos e amadureceram muito. Vão comigo no médico, carregam quase todas as sacolas quando vamos no supermercado, me ajudam a arrumar a casa e se pudessem, ñ me deixariam levantar da cama. Se antes reclamavam pra fazer alguma coisa, agora já dizem "Ñ mãe, a gente vai te ajudar". Tô sendo tão paparicada pelos meus pimpolhos...e eles me ajudaram a superar o medo de passar por tudo novamente. Quando andava na rua, logo que a barriga começou a aparecer, ainda tinha receio, me sentia cansada, desestimulada. Hoje, quando saio com eles e alguém me pergunta "Paula, vc tá grávida?" já nem respondo! Eles se antecipam e dizem "Tá sim! É nosso irmão aqui!". Fico toda boba!
Filhos são a maior riqueza dessa vida. Eu me sinto muito abençoada de ter três. Quanto ao nome, vou continuar pesquisando e esperando pelas sugestões dos meus moleques. Agora, esse ñ terá nada com V! rs. Um amigo analisou e percebi que eu e minha irmã usamos quase os mesmos nomes nos meninos! Temos Vitor, Vito e Vittorio na família! rsrs. E o melhor: ñ foi nada programado, simplesmente escolhemos e colocamos. Seja qual for o nome, será escolhido com muito amor e carinho por mim e pelos irmãos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Muitas novidades.

Já tinha até me esquecido de como era bom ter uma horinha, minutos que fossem, para escrever aqui. Acho que da última vez que escrevi eu ainda estava solteira, dando aulas, cuidando de dois filhos e firme na decisão de continuar aqui nos EUA. Hoje, continuo solteira, sem dar aulas, mas terminando minha tese de mestrado, cuidando de dois filhos com o terceiro no forno e louca para voltar ao Brasil! Olhando assim, deu pra sentir que minha vida mudou bastante. Aliás, como tem sido nos últimos anos.

Sim, depois de dois, quase três anos longe do meu amado país, eu retorno trazendo mais uma "bagagem". Grávida de 5 meses de um meninão, eu ñ vejo a hora de poder organizar o quarto dele, as coisinhas que ele já ganhou por aqui e organizar a minha vida. Pergunta que ñ quer calar: quem é o pai? Quando meu filho me perguntar, vou ter que dizer o famoso: "pai desconhecido!" rs. Brincadeiras a parte, mais uma relação frustrada na minha vida que me deixou a maior riqueza desse mundo.

Eu realmente achei que estava vivendo meu momento pleno. Finalmente estava vivendo com o homem que sempre amei (embora eu tivesse escondido isso de mim mesma), que eu busquei durante alguns anos; a adaptação com meus filhos foi maravilhosa e nossa rotina estava redondinha. Mas a convivência nos mostrou que nós ñ tínhamos mais 15, 16 anos de idade, já ñ era um sentimento proibido, mudamos muito da adolescência pra cá e temos planos, metas diferentes. E nenhum dos dois estava disposto a ceder. Então, a melhor decisão foi cada um viver seu caminho, lógico.

Mas eu jamais poderia imaginar que pudesse estar grávida!! Ñ acreditei no que o exame me confirmava. Depois de fazer três testes de farmácia e fazer dois BetaHCG, ñ restou dúvidas. E aí mais uma gravidez ñ planejada na minha vida, só que dessa vez em outras circunstâncias. Eu ñ estou casada nem vivendo com o pai da criança, longe do Brasil, tendo que passar todo o pré-natal sem o meu médico de anos. Quase surtei quando li a palavrinha "POSITIVO". Meu corpo ficou gelado, quase desmaiei. O coração quase ñ aguenta essa novidade. E tão assustada quanto eu ficou o pai, quando, depois de um mês sem nos falarmos, liguei para informá-lo da boa nova. Percebi o espanto na sua voz, mas a falta de atitude me incomodou e prefiro ñ insistir.

A família inteira está feliz. Minha irmã está muito contente, meus sobrinhos idem. Meu cunhadinho querido me encarna sempre que fala comigo. E essa criança parece que vem para animar a vida da minha mãe, que já está preparando tudo para a nossa chegada, que eu nem sei quando será. Todo dia ela liga pra saber como tá a barriga, se já escolhi o nome (outro grande dilema), o que já comprou, enfim, tá super feliz. E eu fico muito emocionada quando vejo a alegria das pessoas com a chegada do meu filho, mas a noite, na hora de dormir, só eu sei a preocupação que passa pela minha cabeça. O medo de ñ conseguir liberação para voltar ao Brasil (defendo minha tese em maio, mas meu filhos precisam terminar o ano escolar, o que só acontece no meio de junho, quando estarei com 7 meses e pouco) e o medo do parto.

Quem é mãe como eu, sabe das preocupações que passam pela nossa cabeça. De certa forma, já me acostumei em criar filhos sozinha. Maria e João tiveram um ótimo pai, mas ñ por muito tempo. Mas pelo menos tiveram uma referência de presença masculina na vida deles. Esse será meu por inteiro, por completo. Esse dependerá de mim pra tudo, ñ terá pai que me ajude ou me atrapalhe. Amor ñ vai faltar, claro. Se depender de mim e dos irmãos, ele já nasce com a certeza de que é muito amado.

Por falar nos irmãos, esses estão radiantes. Abraçam minha barriga, fazem questão de dormir comigo e depois de lerem que os bebês podem reconhecer a nossa voz, ñ param de conversar com a barriga. E os dois estão mais felizes quando souberam que ganharão um irmão. A Maria sonhava, desejava um menino porque ñ queria perder o posto de única menina (mal sabe ela que ela será sempre minha filhota querida e primogênita, afinal nasceu minutos antes do irmão). E o João, além de sempre querer um irmão, mais do que nunca se sente o homem da casa. Fica me vigiando o tempo todo e pede pra ir nas consultas do médico.

Com isso tudo, só posso ser grata a Deus por mais essa riqueza na minha vida. Apesar do grande susto, quero meu filho chegando com muita saúde e prosperidade, me trazendo alegria e, com certeza, vem pra me ensinar mais algumas coisas. E vou continuar me cuidando muito pra dar conta dessas três maravilhas, trabalhar bastante porque dinheiro ñ cai do céu e agora são três pra sustentar! rs.