sábado, 22 de novembro de 2008

Relações Descartáveis...

É impressionante como os relacionamentos se tornaram descartáveis ultimamente...Lembro-me de que era tão comum, tão frequente nós irmos a festas de Bodas de Prata, de Ouro, de Diamante, etc...Agora, se vc chega a 10, 12, 14 anos de casamento, considere-se sortudo (ou ñ, dependendo do casamento...). O motivo dessa mudança? Bem, se soubesse a resposta, o meu casamento ñ teria acabado!
Hoje é muito difícil encontrar um parceiro, um companheiro. Mas tão difícil quanto encontrá-lo é mantê-lo. Com o tempo, com os filhos, é complicado vc se lembrar de quem era quando casou, de manter o clima de recém-casados, já ñ há mais novidades a serem descobertas, a rotina impera, a intimidade chega, os filhos também...E quando vc percebe, onde está o casal? Só restou pai e mãe?
Quando era criança, ñ era muito comum vermos pais separados. E mesmo quando acontecia, as crianças sempre escondiam o fato. Lembro da história de um coleguinha de classe, o Manoel. Ele chegou super triste no colégio, ficou uma semana calado, ñ brincava, ñ copiava, ñ prestava atenção, simplesmente ia p/ aula. Até que eu perguntei: "Afinal Manoel, por que vc está triste essa semana?". Ele, choramingando, me respondeu: "Paulinha, aconteceu um desastre em casa! Meus pais se separaram.". Eu ñ sabia o que dizer. E bem depois, ele foi piorando porque o pai dele o paresentou a namorada, o que seria a futura madrasta. Ele era o único na sala filho de pais separados, era uma situação totalmente nova p/ todo mundo. Ter os pais separados, ter duas casas, dois quartos, duas famílias...
Também lembro que quando via essa situação, eu pensei: "Eu ñ quero nunca isso p/ mim!". Nunca vi meus pais brigando. Nem mesmo discutindo. Mas quando me separei, me lembrei disso. O que eu jamais queria p/ mim, o que eu jamais tinha sentido, meus filhos teriam que aprender a conviver.
Esse modelo de família mista já ñ me assusta tanto. O que me assusta mesmo é a forma como as relações se tornaram "práticas". Outro dia, conversando com a Marie, ela me falou do desejo que tem de se casar, de ter mais filhos. Ouvi atenciosamente. Ela está namorando (ou pelo menos ela diz que sim!) um colega de trabalho. Segundo ela, ele é o marido que ela vem pedindo a Deus. Mas meu Deus, como ela pode saber que ele é o marido que ela pedia com 7 meses de namoro? Perguntei: "Mas e se ñ der certo?". Ela simplesmente respondeu: "Se separa né!". Assim, tão prático!
Sim, depois da minha separação fiquei mais criteriosa quanto a casar, namorar. Me tornei assim simplesmente por um motivo: meus filhos. Ñ quero expô-los aos meus relacionamentos, confundi-los ou bagunçar a vida deles. Ficar, namorar, separar. Como se a vida e as pessoas fossem pragmáticas e lengevidade das relações ñ fossem importante...
Depois de ler isso, vc pode se perguntar: "Ela é careta?". Ñ, ñ sou. Mas ñ sou descartável.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Saudades de Berkeley!

Bom, antes de dar minha corrida diária (o que sou eu sem minhas famosas corridinhas?), tinha que atualizar o blog! E com um beijo mega especial p/ um amgio que reencontrei na sexta-feira, o Robbie. Robbie, it was good to see u again! A very special kiss for u!

Bom, dado meu beijo, pulo de assunto! Aliás, hoje vou escrever rápido. Melhor, só tenho uma coisa a dizer: Estou morrendo de saudades do Brasil!!! Ñ vejo a hora de poder matar saudade dos meus pais, da minha irmã, dos meus sobrinhos, dos meus amigos queridos, nossa, é tanta gente hein!

Nossa, me sinto incompleta longe da minha maninha! Minha irmãzinha linda, que sempre cuidou de mim. Ai, vc faz tanta falta pra mim Dani, eu te amo tanto! Somos tão unidas...

Gostaria mutio de poder passar o natal no Brasil. Natal é sempre bom, em família então, é melhor ainda. Ver a casa decorada, árvore de natal, a mesa da sala de jantar cheia, a casa lotada, as crianças correndo...Sei que p/ meus pequenos será mais triste a partir deste ano, mas sempre terá muito amor p/ eles, tanto de minha parte quanto da parte da família do pai. Se eu pudesse diminuir essa dor, se pudesse senti-la no lugar deles, eu sentiria mais, mas infelizmente, ñ posso.

Bom, agora, vou correr. Correr sem destino, com o ipod no ouvido ñ tem nada melhor. Outra hora eu volto p/ escrever mais!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

God save Obama!

Sim, o mundo está em festa! As eleições presidenciais dos Estados Unidos ainda mexem com o mundo todo. Nos últimos dias, as atenções se voltaram p/ cá. Quem seria o próximo presidente daquela que ainda é uma potência mundial?
Na verdade, a última eleição nunca foi tão comentada. Primeiro, todos pensavam: "Seria McCain ou a Sra. Clinton?". Nem um, nem outro. Em pequenos discursos, com uma campanha simples, discreta, a história de Obama já estava sendo escrita! E agora, Obama tem a oportunidade de mudar a história da humanidade.
Lembro que na minha infância, era sonho de quase todo mundo morar nos EUA, ter algum parente aqui, ter sobrenome, conhecer algum americano, ter alguma ligação aos Estados Unidos. A terra dos sonhos, terra da Disney, morar em vizinhanças como aquelas que apareciam nos comerciais de margarina. Vir aos Estados Unidos era o desejo de 9 em cada 10 pessoas. Seja p/ conhecer a Disney, Miami, Nova York, a famosa ponte em San Francisco, Estátua da Liberdade, Hollywood, enfim, razões ñ faltavam p/ preencher nossos sonhos!
Mas toda a imagem de um grande país foi destruída em oito anos de governo Bush. De repente os sonhos deram lugar a indignação. Vir aos EUA? Nem pensar, as pessoas escolhiam qualquer outro roteiro, menos EUA. De terra dos sonhos, este país ganhou título de terra de sanguinários, pessoas frias, calculistas. Virou a imagem e semelhança de seu governante. Nunca foi tão vergonhoso ser americano.
Agora, uma pontinha de esperança começa a ressurigir no coração dos americanos. Aliás, ñ somente dos americanos, como em todo o mundo. Os Estados Unidos precisava de um governante com uma imagem assim: um homem simples, batalhador, lutador e, acima de tudo, humilde. Humilde ñ pela origem, mas pelo jeito de ser.
Obama precisa resgatar o respeito, a confiança perdida de seu país. Há muito trabalho pela frente. Mas muita esperança também. Viva América! Viva Obama!