quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O primeiro dia de aula a gente nunca esquece.

Acabei de falar com minha irmã por telefone. Conversamos muito, como sempre. Ela me contava como havia sido o primeiro dia de aula do caçulinha da família, o Vito. Assim como toda boba mãe (inclusive essa que vos escreve!), ela achava que o Vito ñ se acostumaria ou estranharia. Surpresa! Ele ficou tranquilo e aceitou tudo numa boa. Pra falar a verdade, quem nunca fica tranquila é a gente.

O que me fez lembrar do primeiro dia de aula dos meus. Eu fiquei tão nervosa! Eles tinham 2 anos e 6 meses. Eu estava ansiosa, lembro que ñ dormi direito, rolava pela cama e o pai deles me dizendo: "Calma! Se vc continuar nervosa desse jeito, quem ñ vai querer levá-los sou eu!". E eu tenho esse pequeno defeito: Quando ñ consigo dormir, quem está do lado também ñ dorme. Finalmente, o despertador tocou extamanete às 6:30. Nem precisava tocar, eu ñ tinha durmido e quando despertou eu já estava na cozinha preparando o lanchinho deles.

Eu lembro que nem eles entendiam perfeitamente o que era ir pra escola, mas estavam empolgados em brincar com outras crianças. Quando fui acordá-los eles reclamaram um pouquinho, mas depois que tomaram banho foi uma coisa! Estavam alegres, espertos e super animados. E antes de nós sairmos, pausa para foto do primeiro dia de aula! Foi tão lindo!

Aí foi o momento que eu, toda boba, chorei horrores. Paramos na frente da escola, saímos do carro e abrimos as portas. Eles pegaram as mochilas e lancheiras e foram entrando. Os dois ficaram encantados quando entraram na escola! O olhar deles descobrindo, sentindo algo novo foi incrível. Mas ñ tanto quando o João percebeu que eu e o pai ficamos na porta, ele olhou ao redor e queria voltar ao portão. Ele me olhou um pouco assustado e falou: "Mãe! Vem mamãe!". Segurei as lágrimas antes que ele pensasse alguma coisa. O pai deles se aproximou de mim e disse algo do tipo: "Ñ chora se ñ vc vai assustá-lo". E quando ele ia chorar, a Maria voltou e pegou na mãozinha dele e disse: "Vem mamo, vem!". E os dois dobraram o corredor de mãos dadas! Foi LINDO! Jamais esquecerei disso!

Naquele mesmo dia, antes do sinal tocar eu já estava na porta esperando por eles. E quando saíram, os dois vieram correndo, gritando: "Mamãe!". Mas foi com uma intensidade, parecendo que eu ñ os via há séculos, quando na verdade foram só algumas horas (uma eternidade pra mim). Pularam juntos no meu colo, quase que eu caio! Lembro de cada detalhe desse dia. Ainda posso sentir o peso deles nos meus braços, me abraçando tão forte. Ai, que saudade!

E se hoje, os dois fizerem isso eu acho que quebro alguma coisa! rs. Estão tão grandes, tão maduros. Muita coisa mudou, mas outras ainda continuam do mesmo jeito. Ainda os deixo e pego na escola. E ainda exclamam lindamente o "Mãe" todo dia, na saída. Mas perderam a empolgação de ir pra aula! rs. Quando os acordo, eles resmungam, reclamam. Agradecem tanto quando chega um feriado! E na hora do dever de casa parece um momento de tortura! Mas fazem.

Ai ai, que voltas minha vida deu. Embora eu tenha saudades, muitas coisas eu prefiro deixar mesmo no passado. Mas já dizia a vovó: É o ciclo da vida. Vida que ñ muda ñ é vida, é sobrevivência. Uma grande verdade. Ontem, conversando com uns amigos, um deles me pergutou seriamente se eu pensava em ter outro filho. Respondi que ñ sabia. Realmente eu ñ sei. Tive filhos muito nova, o que me permitiu hoje, ainda nova, aproveitar coisas com eles, sem me preocupar com leite, mamadeiras, horários, fraldas, vacinas e tudo mais. Mas sinceramente, isso fica pro próximo post!